segunda-feira, 22 de abril de 2013

Tentando observar uma chuva de meteoros...

Não sei se você já leu em algum lugar, mas estamos passando neste momento por uma chuva de meteoros. Quando digo que estamos passando, quero dizer que esse tipo de fenômeno, muito mais comum do que a gente costuma imaginar, dura vários dias e pode ser visto na maior parte da Terra. Pra sermos mais precisos ainda, cada chuvas de meteoros tem seu próprio nome, acontece em lugar certo no céu e tem até época prevista para acontecer todos os anos!

Isso acontece porque a tal "chuva" nada mais é do que o resultado visível no céu noturno da passagem da Terra pelos rastros de um cometa. Cada vez que nós passamos por onde um cometa já passou, restos dele que geralmente não ultrapassam o tamanho de um grão de areia acabam sendo atraídos pela gravidade do nosso planeta. O resultado disso é que esses detritos entram em alta velocidade na nossa atmosfera, ficam aquecidos pelo atrito com o ar e quase todos acabam se desintegrando num belo estalo luminoso: eis o meteoro que "chove".

Como são vários deles num curto espaço de tempo e numa área celeste reduzida, a chuva se destaca como uma bela oportunidade de apreciar "estrelas cadentes" (que de estrelas só têm a aparência, mas são estão mesmo caindo, como explicado). Esta atual atende pelo nome de Líridas, por se concentrar, ou melhor, por parecer irradiar da região do céu em que fica a constelação de Lira. Seu ápice se deu na madrugada de ontem para hoje.

Pois bem, munido de telescópio e câmera fotográfica, estive neste fim de semana num sítio localizado a pouco mais de 40km de Fortaleza, no município de Pindoretama. Infelizmente, o céu esteve coberto na maior parte do tempo. Dormi por volta da meia-noite, com tempo fechado, mas acabei me levantando às 3h30 pra dar uma olhada e aproveitar uma trégua das nuvens.

Como ainda estou começando a me aventurar no campo da astrofotografia, o que consegui de minimamente satisfatório foram apenas dois registros. Este primeiro é da constelação de Lira, com destaque para a estrela azul no canto inferior esquerdo, Vega, a quinta mais brilhante aos nossos olhos, e para a estrela dupla Epsilon Lirae, à direita dela. Em termos de meteoros mesmo, vi apenas um durante a curta janela de tempo em que o céu esteve limpo. Infelizmente, não pude fotografá-lo.
 

Fora isso, aproveitei para fotografar Escorpião, uma das mais belas constelações do céu e também, na minha opinião, uma das mais parecidas com o nome que carrega. Observe-se no alto, um pouco para  a direita,a  supergigante vermelha Antares, quase 900 vezes maior do que o Sol e 12 vezes mais pesada!


E você, será que você teve mais sorte do que eu?

4 comentários:

  1. Muito bom! Este blog vai ser legal para trocarmos ideias. Temos que olhar mais para o céu, refletir...olhando para o céu, o quanto ele é grande, é possível olhar para nós e entender melhor o quanto somos pequenos e o quanto temos que crescer. Uma dica seria disseminar um pouco seu conhecimento Roma! Colocar alguns nomes de constelações, etc... para aprendermos mais. abraços e parabéns pelo trabalho!

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  2. Antares é realmente gigante... Eu tenho fascínio por estas constelações, isso nos mostra a dimensão de Deus e sua criação e o quanto nós, Terrestres somos, ao mesmo tempo que grandes tão pequenos quando colocamos em foque o tamanho de Deus!
    Só tenho a dizer que sou muito Grata a você amigo, por compartilhar destas coisas conosco!

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    1. A Criação é mesmo encantadora, Vanuza! Tanto que nos faz sentir obrigados a compartilhar os tímidos vislumbres que já pudemos alcançar dela... Sigamos juntos!

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  3. Ei, Roney! Obrigado pela presença em nosso singelo espaço astronômico! Sugestão anotada e brevemente colocada em prática!

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